sábado, 5 de novembro de 2011

Acesso e sou acessível, logo existo


Com a entrada da pós- modernidade, novas tecnologias e novos meios de comunicar-se, surgiram novas posturas que nada acrescentam, tanto para a sociedade, quanto para os meios de comunicação tradicionais (como a televisão) e inovadores (como a internet). Não interessa a mensagem que é passada, ninguém quer saber nada, ninguém quer pensar a respeito de nada (CONTRERA, 2004). O público quer estar no meio, fazer parte e ser visto. Quer reconhecer o outro somente na medida em que o outro lhe permite ser incluído, confirmando a máxima trazida pelo livro "Jornalismo e Realidade": acesso e sou acessível, logo existo. Aí esta o motivo de programas caracterizados pelo senso geral como sensacionalistas, caso do Brasil Urgente do apresentador Datena, obterem números recordes de audiência. A dona de casa, o trabalhador, o aposentado das classes menos favorecidas não querem apenas ter acesso à informação, querem estar presentes nelas. E nada melhor do que fazê-lo por meio da máxima espetacularização, que nos tira do estado anestésico. Anestésico porque essa mesma pós-modernidade instituiu o império da novidade, onde contraditoriamente nada mais é sentido como novo. Isso resulta na troca da informação nova pelo inusitado. Pronto. A partir daí nos deparamos com inúmeras simulações, imagens explícitas e bonecas sendo jogadas pela janela. Prato cheio para tais programas e,  porque não, para o público, que fomenta ser incluído de alguma maneira.


Você tem fome de que?

Um abraço,

*Jornalismo e Realidade: A crise de representação do real e a construção simbólica da realidade, Malena Segura Contrera.

2 comentários:

Anônimo disse...

Dura realidade

Jéssica Kruck disse...

Eu tenho fome de informação Oo

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